DANIELA JACQUES
Eu sempre me interessei pelas pessoas, de saber como vivem, suas preferências, rejeições, gostos, e o que as fazem felizes e integradas socialmente. Por isso me formei em publicidade e propaganda, com o objetivo de ajudar na comunicação das empresas, para que ficassem mais próximas dos seus clientes. Foram nas empresas Fininvest, Xerox, e Pizza Hut que atuei na área de comunicação. E também tive a oportunidade de trabalhar com a internet no seu surgimento, na NEORIS (MLAB), com o desafio de pensar nas estratégias dos sites Shell, Xerox, Claro (ATL) e NET Rio. Porém na época eu convivia com uma questão: a de estar mais próxima das pessoas, do entendimento dos seus principais valores, para que as empresas pudessem melhorar nas suas atuações sociais e de mercado. Neste olhar, me tornei pesquisadora, me apaixonei pela etnografia e netnografia, por me colocar mais próxima das pessoas, tendo a oportunidade de mergulhar nas suas preferências, gostos e valores.
Durante o meu percurso profissional, entre estudo e prática com pesquisas, entendi a importância de se (des) construir valores sociais arraigados em crenças negativas que impedem melhorias, criatividade, inovação e ao mesmo tempo identifiquei uma mudança significativa em novos comportamentos de consumo.
O que foi confirmado, no mestrado em Economia Criativa, durante uma pesquisa dentro da Rocinha (RJ) , que eu identifiquei jovens socialmente invisíveis mesmo sendo formado por um grupo expoente, que estudam e trabalham em profissões consideradas mais qualificadas pela sociedade e as suas relações com o consumo do luxo (quase sempre associado às classes mais altas). E apesar de terem uma boa condição financeira e de tramitarem em vários espaços de consumo renomados, ainda não se sentem representados pelas marcas, empresas e sociedade. O que os coloca nesta condição é principalmente o preconceito e estigma de moradia.
Se a criatividade, diversidade e inclusão são ferramentas imprescindíveis, implementá-las criando produtos, serviços e comunicação é um desafio. Assim, eu acredito em trabalhos realizados em parcerias, co-criativos, trazendo a economia criativa mais o olhar para o humano: nas relações nos ambientes corporativos, na construção das marcas, na comunicação institucional, nos processos seletivos, na condução dos projetos e nas relações profissionais e pessoais.
FORMAÇÃO ACADÊMICA
1998
Graduação em Comunicação Social / Publicidade e Propaganda Faculdade Hélio Alonso
2003
Pós-graduação / MBA em Marketing – UFRJ-COPPEAD
2009
Pós-MBA – Antropologia do Consumo – UFRJ-COPPEAD
2012/2013
Pós-Graduação em Pesquisa do Comportamento de Consumo e Tendências – SENAI/CETIQT e FUTURE CONCEPT LAB
2013
Perestroika – News Ways of Thinking- É abordado diferentes visões e processos de pensamento: design thinking, game thinking e lógica hiperdialética, ajudando a resolver problemas simples e complexos.
2015
Kaospilot- Curso criado na Dinamarca mesclando conceitos de negócios com design, novas pedagogias e métodos são explorados, desafiando e evoluindo a abordagem tradicional da forma de aprender e entregar conteúdo trabalhando de forma integrada.
2018
Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa – ESPM
CONGRESSOS E PALESTRAS NA ÁREA DE ANTROPOLOGIA
CONSUMO E ECONOMIA CRIATIVA
2020
VI Congresso da Associação Latino-americana de Antropologia Social (ALA)- Montevidéu- O Desafio da Adaptação da Metodologia Etnográfica de Acordo com a Realidade da Rocinha.
I Congresso Ibero-americano Interdisciplinar de Economia Criativa- ESPM, RJ- Biblioteca Parque- Um estudo sobre a importância da relação entre o consumo e a cultura local como condição de sucess
Palestras- Reflexões sobre o trabalho de campo na pesquisa: dificuldades, aprendizados e dicas- ESPM
2019
VII Congresso APA | 7th APA Congress – Congresso da Associação de Antropologia Portuguesa em Lisboa. Universidade Nova de Lisboa- Portugal Lisboa – Participação painel 062- Desigualdades sociais, capitalismo e antropologia
Palestras- Reflexões sobre o trabalho de campo na pesquisa: dificuldades, aprendizados e dicas- ESPM
2018
III Encontro Latino-Americano de Estudos da ESPM, RJ – Palestra: Entre o ‘luxo ostentação’ e o ‘luxo do conhecimento’: representações sobre o consumo do luxo entre um grupo de jovens moradores da Rocinha
http://estudosdoconsumo.com/wp-content/uploads/2018/11/ENEC2018-GT02-JACQUES-CORREA- EntreOLuxoOstentacaoEOLuxoDoConhecimento.pdf
I Jornada de Pesquisa sobre Consumo e Sociabilidades – ESPM, RJ – Um olhar sobre o luxo: representações, significados e práticas entre um grupo de jovens moradores da Rocinha
Workshop – O Luxo do conhecimento como inclusão social – CIEP – Rocinha – Pesquisa 360 graus
Palestras- Reflexões sobre o trabalho de campo na pesquisa: dificuldades, aprendizados e dicas- ESPM