O Fórum Econômico Mundial, identificou no relatório “The Future Of Jobs”, as 15 principais habilidades valorizadas pelas empresas e eu listo aqui as 6 principais:
- Pensamento analítico e inovação
- Aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem
- Solução de problemas complexos
- Pensamento crítico e análise
- Criatividade, originalidade e iniciativa
- Liderança e influência social
Novas habilidades
Desde então, eu tenho percebido como pode ser complexo dentro das corporações, dar espaço para profissionais que tragam estas novas habilidades, permitindo que de fato sejam executadas pelas pessoas. Porque as métricas e index de sucesso/metas, ainda estão alinhadas com a produtividade, rentabilidade financeira, quantidade de coisas, horas, etc… entregues e realizadas. Os processos de avaliações, projetos, contratações, reconhecimento sempre giram em torno de:
- Eu aumentei o resultado em…, Eu conquistei, cresci, organizei, ganhei, obtive…
- Enquanto deveríamos também valorizar: eu errei quando, eu não soube como, eu perdi porque, eu falhei quando, eu tentei e não consegui, eu me arrependi, eu demorei muito, as dificuldades foram…
Este lugar, que coloca o humano no centro e a sua vulnerabilidade, a partir de agora, será fundamental para que as novas profissões possam ser exercidas. Para isso, o planejamento deveria contemplar além de novos index e métricas abrangendo os intangíveis, planejamento e verbas para o dispêndio de mais tempo, riscos, medo, coragem para novas tentativas, interpretados como importantes aprendizados e ferramentas para o exercício com liberdade dessas habilidades apontadas como imprescindíveis para o presente e futuro próximo.
Em um exemplo breve, eu faço uma reflexão a partir das novas habilidades e possíveis novas métricas.
Pensamento analítico e inovação
Previsão de atrasos de mais tempo despendido do que o planejado e orçado. Porque o processo como um todo, a experiência das análise até se chegar a inovação entram nos resultados como experiências transformadoras e aprendizados, além da qualidade das análises geradas.
Aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem
Prioriza as diversas tentativas, de baixo ou nenhum impacto, considerando mais o aprendizado e conhecimento gerado, e as dificuldades inerentes ao aprendizados, pensando em futuras aplicabilidades e troca de conhecimento.
Resolução de problemas complexos
Valorização dos percursos das decisões erradas que não deram em nada, e das escolhas dos caminhos percorridos até a resolução dos problemas. Isto é, como foram resolvidos têm relevância. Incentivos de trocas entre as pessoas/ gerências/ líderes sobre os erros e acertos, sobre a experiência como um todo também entram nos resultados.
Pensamento crítico e análise
Dispêndio de tempo e verba para valorização para o aprendizado de novos conhecimentos e respectivas diferentes conexões e leituras.
Criatividade, originalidade e iniciativa
Incentiva a coragem para aceitar o inédito e críticas, reconhece o gestor que disse diz sim para as idéias, e é considerado a imaginação e a conexão de informações dentro dos projetos).
Liderança e influência social
Iniciativa por projetos que não favoreçam somente financeiramente a empresa a curto prazo, respeitando o propósito da marca. Valoriza-se as tomadas de decisões que favoreçam mais as pessoas, o coletivo e a sociedade.
Conclusão
De uma forma geral, o problema é que ainda estamos focados no crescimento quantitativo (financeiro) , em um sistema que contempla um crescimento ilimitado e progressivo (o que já sabemos – insustentável). É inegável que o crescimento é uma característica central da vida , longe de ser um problema e uma economia que não cresce morre. O problema é que os recursos são limitados, inclusive o humano que deve estar no centro agora. Assim, precisa- se reconhecer que a identidade de cada pessoa é única, e a criatividade e conhecimento são imprescindíveis, para o exercício destas novas habilidades exigidas agora e cada vez mais em um futuro próximo.
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